O Rio Machado, que corta Ji-Paraná e divide a cidade em dois distritos, já apresenta um nível de água acima da média para este período do ano, gerando preocupação entre as autoridades locais e equipes de monitoramento. O aumento do volume de água no rio tem sido observado de perto pelas equipes do Corpo de Bombeiros, que intensificaram os esforços de vigilância desde o início de janeiro.
A régua de medição do nível do Rio Machado marcou 9,19 metros, um aumento considerável em relação aos 8,87 metros registrados no dia anterior. Esse crescimento de 32 centímetros em um único dia é um reflexo do aumento contínuo no nível do rio, que em apenas cinco dias subiu quase dois metros, levando a um estado de alerta nas autoridades.
O comandante do Corpo de Bombeiros local afirmou que a situação tem tudo para se agravar nas próximas semanas. O aumento do volume de água no Rio Machado é atribuído principalmente ao intenso fluxo de água que chega dos municípios vizinhos, como Pimenta Bueno e Cacoal, regiões onde se localizam as nascentes do rio. Além disso, as chuvas constantes nas áreas da Zona da Mata, Vale do Guaporé e nas cidades de Alvorada, Mirante da Serra, Nova União e Urupá têm contribuído para o crescimento do volume do rio.
A situação é ainda mais preocupante devido ao impacto que o aumento do nível pode ter em áreas próximas ao rio, que podem enfrentar alagamentos. Especialistas indicam que o acúmulo de água das chuvas e o fluxo vindo das nascentes devem continuar a afetar o nível do Rio Machado, especialmente em um período de instabilidade climática.
Em Ji-Paraná, o monitoramento da situação do Rio Machado é de responsabilidade do Corpo de Bombeiros, que tem realizado medições diárias e atualizado a população sobre os níveis de alerta. No entanto, a ação coordenada da Defesa Civil está sendo dificultada pela falta de uma coordenação formal desde o dia 31 de dezembro de 2024, quando o Conselho Municipal de Defesa Civil (Comdec) ficou sem um coordenador, devido à transição da nova administração municipal.
Apesar dessa lacuna na liderança da Defesa Civil, as autoridades têm se mantido vigilantes e têm intensificado a comunicação entre os órgãos competentes para minimizar os riscos e proteger a população. A falta de um coordenador formal, no entanto, tem gerado preocupação quanto à agilidade na implementação de ações emergenciais, caso a situação se agrave.
O aumento contínuo do nível do Rio Machado é uma situação que exige acompanhamento constante e medidas preventivas, como a avaliação do impacto em áreas de risco e a possibilidade de evacuação em regiões vulneráveis. Além disso, as autoridades alertam sobre a necessidade de monitoramento não só da chuva, mas também do nível dos rios afluentes, como o Rio Urupá, que deságua no Machado e contribui para o aumento do volume de água.
As autoridades locais reforçam a importância de medidas preventivas e a vigilância contínua para evitar danos maiores à população, destacando a necessidade de colaboração entre os órgãos competentes e a comunidade para mitigar os riscos de alagamentos em Ji-Paraná.
A situação continua sendo monitorada, e as equipes de emergência permanecem em alerta máximo para agir prontamente, caso seja necessário. A população deve acompanhar as atualizações das autoridades e seguir as orientações para garantir sua segurança.
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