Quinta, 21 de Novembro de 2024
24°

Tempo nublado

Ji-Paraná, RO

Dólar
R$ 5,77
Euro
R$ 6,09
Peso Arg.
R$ 0,01
Noticias Inflação da carne

Preço das carnes sobe 5,8%: o que está por trás da alta?

Alta no preço das carnes é a maior desde 2020 e afeta inflação alimentar

20/11/2024 às 16h45 Atualizada em 20/11/2024 às 17h18
Por: Vanessa Frank
Compartilhe:
Preço das carnes sobe 5,8%: o que está por trás da alta?

O preço das carnes disparou, registrando uma alta de 5,81%, a maior variação mensal desde novembro de 2020, quando o índice chegou a 6,54%. O aumento foi destaque no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (8) pelo IBGE. Economistas alertam que a pressão nos preços deve continuar nos próximos meses, afetando diretamente o bolso do consumidor.  

Por que a carne ficou mais cara?

Especialistas apontam três fatores principais para o aumento:  

1. Condições climáticas adversas:
A seca que atingiu diversas regiões do Brasil prejudicou as pastagens, essenciais para a engorda do gado. Com menos pasto disponível, houve uma redução no número de animais prontos para o abate.  
“As condições desfavoráveis no campo reduzem as cabeças disponíveis para corte, impactando diretamente a oferta do alimento”, explica Matheus Dias, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV).  

2. Câmbio desfavorável:
A desvalorização do real frente ao dólar tem encarecido os custos da cadeia produtiva e incentivado as exportações, especialmente para mercados como o da China.  
“O exportador brasileiro prioriza o mercado externo, onde obtém preços mais altos, impulsionados pela demanda e pela valorização do dólar”, destaca Felippe Serigatti, do Centro de Agronegócios da FGV Agro.  

3. Demanda interna aquecida:  
Mesmo com os altos preços, o consumo doméstico se manteve forte, o que contribuiu para o desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado interno.  

Impacto nos cortes mais populares

Alguns cortes de carne bovina apresentaram aumentos expressivos:  
- Acém: alta de 9,09%;  
- Costela: aumento de 7,40%;  
- Contrafilé: crescimento de 6,07%;  
- Alcatra: valorização de 5,79%.  

Além disso, o aumento nos preços das carnes puxou a inflação no segmento de alimentação no domicílio, que subiu 1,22% em outubro.  

Perspectivas para os próximos meses

De acordo com André Almeida, gerente do IPCA e INPC, a alta nos preços deve persistir devido à combinação de baixa oferta e alta demanda, tanto interna quanto externa.  
“Com menor abate de animais e exportações elevadas, o mercado interno continuará enfrentando dificuldades para conter os aumentos de preço”, analisa Almeida.  

Para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, as oscilações do câmbio continuarão a influenciar o setor.  
“O fortalecimento do dólar frente ao real deve manter os preços pressionados, principalmente devido à alta demanda de países como a China”, aponta.  

O cenário indica que o consumidor precisará se preparar para gastar mais com proteínas nos próximos meses, enquanto o mercado aguarda a normalização do clima e uma possível desaceleração na exportação.

Fonte: CNN BRASIL

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Ji-Paraná, RO Atualizado às 23h06 - Fonte: ClimaTempo
24°
Tempo nublado

Mín. 23° Máx. 31°

Sex 36°C 22°C
Sáb 28°C 22°C
Dom 35°C 21°C
Seg 26°C 22°C
Ter 35°C 21°C
Horóscopo
Áries
Touro
Gêmeos
Câncer
Leão
Virgem
Libra
Escorpião
Sagitário
Capricórnio
Aquário
Peixes